25 outubro, 2013

Ipiranga ou silêncio...


Um... dois... três... *suspiro* quatro... cinco... seis... conta, vá.

Respiro fundo. Precisava de dar um grito, deitar tudo cá para fora e chorar todas as lágrimas de sangue que os meus olhos raiados não escondem mais. Vidros partidos e lâminas de alumínio são tudo o que resta daquela escultura cristalina que era eu.

Gritar... em silêncio, sempre em silêncio. Chorar, noite dentro... em silêncio também.

Odeio a sombra que me tornei... um fantasma apagado, sem forma, sem voz e sem rumo.

Respiro fundo de novo, mas não tenho mais ar. Não tenho mais lágrimas, mais dores, mais nada.

Queria gritar...

Mas não consigo.

Sem comentários: