25 outubro, 2013

Ipiranga ou silêncio...


Um... dois... três... *suspiro* quatro... cinco... seis... conta, vá.

Respiro fundo. Precisava de dar um grito, deitar tudo cá para fora e chorar todas as lágrimas de sangue que os meus olhos raiados não escondem mais. Vidros partidos e lâminas de alumínio são tudo o que resta daquela escultura cristalina que era eu.

Gritar... em silêncio, sempre em silêncio. Chorar, noite dentro... em silêncio também.

Odeio a sombra que me tornei... um fantasma apagado, sem forma, sem voz e sem rumo.

Respiro fundo de novo, mas não tenho mais ar. Não tenho mais lágrimas, mais dores, mais nada.

Queria gritar...

Mas não consigo.

24 julho, 2011

Quem sou?


Hoje sou...

um farrapo
uma sombra
uma folha ao vento
um reflexo sem forma
uma rolha em alto mar
a última gota num oásis a secar


Ontem fui Tudo... Hoje sou... Nada.

15 janeiro, 2010

Renascer de crenças

Passei um mau bocado...

Desde a última vez que escrevi, houve muitas mudanças na minha vida. Fui ao fundo do poço mais escuro da História, fui resgatada de lá e recuperei, devagarinho, a vontade de viver e de sorrir.

Voltei a acreditar que era possível um dia ser feliz.

Hoje acordo com um sorriso, ou depressa ele se instala com pequenas coisas em cada manhã... é bom sentir-me viva e grata por isso.

Adormecer é tão bom ao final do dia, acordar melhor ainda... fazer as coisinhas que se tornaram um ritual, coisas que para outras pessoas não teriam valor nenhum, para mim lembram-me que antes não as tinha e é bom sentir-me assim.

Gosto de estar aqui, olhar para a serra e imaginar-me em cima de uma nuvem...

16 outubro, 2008

Queria ser... eu.

Queria ser brisa leve, flutuar acima dos problemas e sussurar palavras amigas aos ramos das árvores...


Queria ser água da fonte, limpa e brilhante, percorrer caminhos suaves e murmurar cânticos às pedras coloridas...



Queria ser fogo ardente, crepitar por entre toros e queimar lamúrias em tons de vermelho e laranja...



Queria ser terra quente, deslizar por entre raízes e rebentos, secar rios e oceanos de lágrimas...



Queria ser estrela-mor, brilhar alto no breu da noite, ouvir suspiros e devaneios de namorados...



Queria ser pássaro azul, voar pelos céus, trepassar o cosmos e cair, ardendo, em jeito de meteorito...

19 março, 2008

Bah!

Já não escrevo nada há uns tempos... tenho estado retraída em mim mesma.
As evoluções são nulas, por isso não tenho tido grande vontade de escrever... mas hoje escrevo.

Hoje está sol, um dia bonito, e apetecia-me que chovesse.
Querem que saia de casa mas a mim só me apetece estar na cama.
Tenho um ombro distendido e a mim apetecia-me que partisse.

Hoje, não sei... estou do contra.
Mais valia não escrever nada? Pois, se calhar...

30 janeiro, 2008

Há dias de sol(idão)...

Há dias em que me apetece gritar...
Gritar de raiva, de nervos, de solidão, de desespero...
Gritar de alegria, de felicidade, de esperança, de saudade...
Gritar de medo, de dor, de pânico...

Hoje apetece-me gritar...
Gritar até não ter mais voz, gritar por nada, gritar por tudo...
Gritar até me extinguir, a saudade de viver é imensa, a solidão maior ainda...

18 dezembro, 2007

Feliz Natal a todos...

Mais um Natal se avizinha...

Época deprimente esta... pensar no que não temos e no que temos... acaba sempre no que não temos .
Pensar que pode ser desta que vem o que queremos, aquela única coisa que nos faria felizes... e descobrir que não, que está fora do nosso alcance, que ainda não chegou quem no-lo possa dar.
Se alguém perceber do que estou aqui a falar, meta a mão no ar!
Até rimo sem querer, é da época festiva, as rimas de Natal são contagiantes (pois sim, acreditam mesmo nisso?!)

Só digo isto: BAH!

07 novembro, 2007

Dias maus e rosas que tardam em vingar...

Estes dias não acabam?

Toda a gente me deve e ninguém me paga, é a sensação que tenho (além de ser a dura realidade...).
Mas além de valores monetários, esta vida está a dever-me em grande... para compensar vai ter de me dar algo que me faça realmente muito feliz...

(não, não é o bébé, tenham calma... ainda não, obrigada...)

Já era altura... já era tempo de conseguir alguma coisa boa para mim... será que não há nada para mim? Só passa um cheirinho no ar... mas e agora? Era só isso?

Não dá, a felicidade é viciante... quero mais! Não me basta o cheirinho das rosas de passagem, quero um canteiro bem enraizado no meu jardim...!


Sabiam que rosas vermelhas significam amor eterno? E que rosas cor-de-rosa significam felicidade perfeita (e amizade também)?

Já decidi, quero o meu jardim recheado de roseiras cor-de-rosa e uma roseira vermelha, bem no meio, em destaque como é de seu direito...

22 outubro, 2007

Misha, o Caramelo...

Mimo, mimo e mais mimo!



29 setembro, 2007

Vida nova

Já tenho um pequeno T2...

Esta nova etapa que se inicia reserva-me muitas surpresas, ou não fosse tudo novo...
Novo emprego, nova casa, nova experiência (viver sozinha, não ter de dividir a casa com ninguém)...

Vou fazer 3km por dia, vai-me fazer bem andar, a pé ou de bicicleta... o pior será quando estiver a chover...

My friends, quem me quiser visitar, é só avisar e trazer roupa de cama para uma cama individual, têm um quarto vago para dormir!

25 setembro, 2007

Pedido aos amigos

(keep your fingers crossed for me)

12 setembro, 2007

Café = directa

Quem inventou o raio do café??

Ainda se fosse com este aspecto, poderia valer ficar acordada a noite toda...
Porque é que quando andava a estudar o café não tinha este efeito estúpido e agora tem, que já não preciso disto p'ra nada?!

Porra, raios partam a cafeína! (para os curiosos acrescentem 8 horas à hora de publicação)

03 setembro, 2007

A fonte...

A fonte do jardim jorra água por todos os cantos...

São 6 horas da madrugada, e a fonte continua a jorrar água, criando um remoinho sufocante.

O barulho ensurdecedor de cada gota a bater na pedra fria atordoa os sentidos e faz perder o fio ao raciocínio.

Ou será da hora tardia?

A fonte, por mais que chore lágrimas de sal, de sangue, de água cristalina, não seca. Continua, infinitamente, a lavar a pedra incrustada de fendas do desgaste do tempo e da vida.

A pedra, como diz a sabedoria popular, um dia fura...

Falência do estabelecimento



Basta...

Quando pensamos que já sabemos tudo o que é preciso... que já podemos relaxar e confiar...

As pessoas arranjam sempre novas maneiras de nos desiludir... e sentimo-nos sós de novo.

Acho que respondi à pergunta dos temores... porque é que temos medo? Nada se cria, nada se perde... tudo se repete, indefinidamente no tempo... contra as leis da Física nada podemos.

Chamem-lhe 6º sentido... intuição feminina, whatever...

Todos diferentes, todos iguais...