03 setembro, 2007

A fonte...

A fonte do jardim jorra água por todos os cantos...

São 6 horas da madrugada, e a fonte continua a jorrar água, criando um remoinho sufocante.

O barulho ensurdecedor de cada gota a bater na pedra fria atordoa os sentidos e faz perder o fio ao raciocínio.

Ou será da hora tardia?

A fonte, por mais que chore lágrimas de sal, de sangue, de água cristalina, não seca. Continua, infinitamente, a lavar a pedra incrustada de fendas do desgaste do tempo e da vida.

A pedra, como diz a sabedoria popular, um dia fura...

2 comentários:

Unknown disse...

Chamemos-lhe erosão, ok!

Anónimo disse...

Magnífico texto! Da melhor prosa poética que já li: simples, pequeno, cheio. Tem tudo.

Miguel