A fonte do jardim jorra água por todos os cantos...
São 6 horas da madrugada, e a fonte continua a jorrar água, criando um remoinho sufocante.
O barulho ensurdecedor de cada gota a bater na pedra fria atordoa os sentidos e faz perder o fio ao raciocínio.
Ou será da hora tardia?
A fonte, por mais que chore lágrimas de sal, de sangue, de água cristalina, não seca. Continua, infinitamente, a lavar a pedra incrustada de fendas do desgaste do tempo e da vida.
A pedra, como diz a sabedoria popular, um dia fura...
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2 comentários:
Chamemos-lhe erosão, ok!
Magnífico texto! Da melhor prosa poética que já li: simples, pequeno, cheio. Tem tudo.
Miguel
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